João Amós Comênio




A educação da juventude se processará facilmente se começar cedo,antes da corrupção das inteligências.

João Amós Comênio

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A preocupação com o Meio Ambiente


Para refletir.....




Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:

- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, pois as sacolinhas de plástico não são amigáveis ao ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:

- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregado respondeu:

- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. A SUA geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.

- Você está certo – responde a senhora – nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes do reuso, e os fabricantes das bebidas usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.

Realmente não nos preocupamos com o ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o ambiente. Até então, as fraldas dos bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. A secagem das roupas era feita ao ar livre, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secava nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas e sempre mais descartáveis.

É verdade, não havia preocupação com o ambiente naqueles dias. Naquela época só tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de uma mesa; que depois será descartada como?

Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que levam séculos para começar a degradar. Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama e sim um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.

Você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas PET que agorainundam os oceanos. As canetas eram recarregadas com tinta várias vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos descartáveis só porque a lâmina ficou sem corte.

Na verdade, tivemos sim uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe e o carro da família como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar dúzias de aparelhos dispensáveis. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço só para encontrar a pizzaria mais próxima.

Então, não é visível que a atual geração fale tanto em meio ambiente e seja justamente a que apresenta a maior resistência a abrir mão do estilo de vida degradante que adotaram?

Por Ronaud Pereira




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